PERFORMANCE
RUBENS VELLOSO E ALVISE CAMOZZI: ENROLANDO UM BECKETT-PEQUENOS EXERCÍCIOS PARA FRACASSAR MELHOR
09, 10, 16, 17, 23, 24, 30 e 31.05.2019: quintas e sextas, às 20hA partir de textos de Samuel Beckett, os performers Rubens Velloso e Alvise Camozzi, desenvolvem uma espécie de encenação crítica que se utiliza do abismo no qual Beckett nos lança, apresentando a viagem do Homem Contemporâneo como forma de esgotamento. Toda a encenação se baseará nos performers entrando e saindo dos personagens apostando que na obra Beckettiana não se propõe a condição humana como de uma espera de algo que nos virá salvar, mas acreditamos que Beckett nos propõe a possibilidade de encontrarmos novas saídas. Todo experimento cênico funcionará neste diálogo entre o esgotado e o que precisa nascer.
Rubens Velloso e Alvise Camozzi preparam um espetáculo chamado "Venezia Island Fast Food", onde colocam a mítica Veneza como objeto de consumo. Na evolução das apresentações, trechos desse espetáculo poderão também ser levados em cena, em plena conversa com as questões Beckettianas.
RUBENS VELLOSO
Sua formação e carreira têm sido marcadas pela busca e conquista de uma expressão muito pessoal, que alia linguagens das artes tão diversas como as do cinema, vídeo, artes plásticas e, principalmente, teatro. É sócio fundador do Coletivo PHILA7, desde 2005, e, desde então participou na direção dos espetáculos: "Galileu Galilei", de Bertolt Brecht, em 2005; em junho de 2006, dirigiu "Play on Earth", que conectou três países online: Brasil, Inglaterra e Cingapura; em setembro deste mesmo ano, dirigiu a peça "A Verdade Relativa da Coisa em Si", dentro da programação do Festival Emoções Artificiais; em 2008, dirigiu "What’s Wrong with the World?", em parceria com Julian Maynard-Smith (Inglaterra – Station House Opera), espetáculo que conectou ao vivo Londres e Rio de Janeiro; em 2009, dirigiu "WeTudo DesEsperando Godot"; em 2010, dirigiu "Alice Através do Espelho"; dirigiu "Ocuppy all Streets", em 2011, e foi responsável pela concepção e direção de 25 programas denominados: "Uma Aventura do Conhecimento", para o site Física Vivencial; em 2012, dirigiu "Profanações"; participou da criação coletiva do Phila7 - Aparelhos de Superar Ausências, em 2013; dirigiu o espetáculo da Cia. Arte e Ciência no Palco, intitulado "Matéria Obscura" (2014); participou como cenógrafo, em 2015, em parceria com Eduzal, no Espetáculo "Guerra sem Batalhas", da Cia. Les Commediens Tropicales; em 2017, dirigiu "Código Aberto" e atuou, em 2018, em "Terreno Baldio"; em 2019, convidado pelo Coletivo Labirinto, participa do Núcleo de Construção das Ações de TP. Além disso, ministra seminários sobre artes e novas mídias em várias Universidades pelo Brasil.
ALVISE CAMOZZI
Nasceu em Veneza - Itália. Entre 1992 e 1994, atuou com a Companhia de Commedia Dell'Arte a l'Avogaria, participando de turnês na Europa e América Latina; ingressou, em 1994, na Escola de Arte Dramática "Paolo Grassi", de Milão, formando-se em 1998, com "Quartett", de Heiner Müller, dirigido por Martin Wuttke. De 1998 a 2001, trabalhou como ator entre Milão e Roma em diversas produções. Em São Paulo desde 2001, trabalha como diretor e ator. É diretor teatral do coletivo transdisciplinar Società Anonima dei Lavoratori del Mare. Em 2017, colaborou com Letizia Russo e Franco Visioli para criação de uma performance dentro do projeto "YOU KNOW I'M NO GOOD", para Biennale di Venezia (College) e interpretou o personagem Kronstad em "Casa de Boneca", leitura encenada de Gabriela Mellão. Em 2016, dirigiu, escreveu, e atuou em "Psicotrópico"; colaborou como dramaturgo e performer com a artista portuguesa Priscila Fernandes para sua obra "Gozolândia"; escreveu, dirigiu e atuou para o Museu da Imigração do Estado de São Paulo a série de monólogos teatrais "Pequenas Histórias". Em 2015, apresentou a performance "Paralelos", em colaboração com William Zarella Jr.; idealizou e dirigiu o Happening "Natureza Morta para Laura", para a exposição Máquina Tadeusz Kantor, com o coletivo Società Anonima; traduziu, adaptou e atuou em "A história do Soldado", de Stravinsky, ao lado da bailarina Jaqueline Gimenes e orquestra. Em 2014, escreveu e dirigiu, com a dramaturga italiana Letizia Russo e o coletivo Società Anonima, a performance sonora "Tresirmas Soundscape"; atuou em "Animais Noturnos", de J.Mayorga, dirigido por Daniela de Vecchi; atuou no episódio "Conexão Itália", da série "O Caçador", da Rede Globo. Foi co-curador e co-diretor de arte da exposição "Grimm Agreste", premiada pelo jornal O Estado de São Paulo como melhor exposição infanto-juvenil do ano; dirigiu "Sabrina Greve", nos experimentos cênicos "Mind the Gap". Em 2013, atuou, ao lado de Monica Bellucci, no filme "Na Quebrada", do diretor Fernando Andrade; com o coletivo Società Anonima Lavoratori del Mare recebeu o apoio do programa municipal de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo. Em 2012, dirigiu e atuou no espetáculo "O Feio", de Marius Von Mayenburg, e atuou no monólogo "Correnteza", de Gabriela Mellão, com direção de Maurício Paroni de Castro; atuou no pocket Opera "La Bohème", dirigido por Cleber Papa. Entre 2001 e 2011, dirigiu, escreveu, roteirizou e atuou em inúmeras outras peças, experimentos, espetáculos e programas televisivos.